J. bras. econ. saúde (Impr.); 10 (2), 2018
Ano de publicação: 2018
Background:
In 2016, Hodgkin’s Lymphoma (HL) was responsible for 2,470 new cases in Brazil and,
despite recent scientific advances, there are unmet medical needs that affects patients’ outcome.
Therefore, we aimed to explore the unmet medical needs in the management of HL patients in Brazil,
based on experts’ perspective. Methods:
A questionnaire was developed to address the unmet
medical needs including barriers for the diagnosis and treatment of HL in Brazil. The questionnaire
results were presented in a panel discussion to validate participants’ responses and to collect additional
data. Main results:
Eight experts participated in the panel. On both healthcare systems,
public and private, a slight majority of patients was women and most of them were under 60 yearsold.
In addition, the majority of patients were referred from another specialty on both systems. The
time from onco-hematologist appointment to diagnosis was different between public and private
sector (median of 30 and 12.5 days, respectively). Most patients in the public sector were on stage
III (33%) and IV (33%); in the private sector, most patients were on stages II (36%) and III (24%). The
most common barriers were the delayed diagnosis and the unavailability of diagnostic procedures
and treatment options. Conclusion:
According to participants, issues related to infrastructure and
healthcare resource allocation affects the management of HL. Improvements in the infrastructure
and educational measures for physicians and patients may contribute to minimize the barriers.
Introdução:
Em 2016, o Linfoma de Hodgkin (LH) foi responsável por 2.470 novos casos no Brasil
e, apesar dos recentes avanços científicos, há necessidades médicas não atendidas que afetam os
pacientes. Portanto, o estudo teve como objetivo explorar as necessidades médicas não atendidas
no manejo de pacientes com LH no Brasil, com base na perspectiva de especialistas. Métodos:
Um questionário foi desenvolvido para abordar as necessidades médicas não atendidas, incluindo
as barreiras para o diagnóstico e tratamento do LH no Brasil. Os resultados do questionário foram apresentados em um painel de discussão para validar as respostas dos participantes e coletar dados
adicionais. Principais resultados:
Oito especialistas participaram do painel. De acordo com os especialistas, em ambos os sistemas de saúde público e privado, uma pequena maioria dos pacientes
era mulher e a maioria tinha menos de 60 anos. Além disso, a maioria dos pacientes foi encaminhada
por outra especialidade em ambos os sistemas. O tempo entre a consulta com o onco-hematologista
até o diagnóstico foi diferente entre o setor público e privado (mediana de 30 e 12,5 dias, respectivamente). A maioria dos pacientes do setor público apresenta estádios III (33%) e IV (33%); no setor privado, a maioria dos pacientes apresenta estádios II (36%) e III (24%). As barreiras mais comuns
foram o atraso no diagnóstico e a indisponibilidade de procedimentos diagnósticos, e opções de
tratamento. Conclusão:
De acordo com os participantes, as questões relacionadas à infraestrutura e
à alocação de recursos de saúde afetam o gerenciamento do LH. Melhorias na infraestrutura e medidas
educacionais para médicos e pacientes podem contribuir para minimizar as barreiras.