Disparidades regionais no acesso a medicamentos no Brasil: uma análise empírica
Ano de publicação: 2016
Teses e dissertações em Português apresentado à Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Ciências Sociais Aplicadas para obtenção do título de Mestre. Orientador: Silveira Neto, Raul da Mota
Objetivou-se analisar, em geral, os determinantes do acesso a medicamentos prescritos no âmbito do Sistema Único de Saúde- SUS nas regiões brasileiras, que tiveram prescrição no próprio sistema público e identificar possíveis determinantes das disparidades regionais deste acesso. Analisaram-se dados da Pesquisa Nacional de saúde – PNS em 2013. Através de métodos econométricos multivariados. A amostra foi composta por indivíduos que tiveram medicamentos receitados no SUS nas duas semanas anteriores à entrevista (n=11.910). A variável dependente foi o acesso à totalidade dos remédios receitados no sistema. Pouco menos da metade da população que teve medicamentos prescritos os obteve no próprio sistema público, número mais elevado entre os habitantes das regiões sul e sudeste, os de raça não branca, com menor escolaridade e entre aqueles que residem em domicílios cadastrados na Estratégia de Saúde da Família (ESF). As diferenças do acesso foram bem expressivas quando comparadas entre as regiões do Brasil. Os resultados reforçam a necessidade de políticas que diminuam as desigualdades no acesso a medicamentos no país.(AU)
This study aimed to describe the prevalence of access to medicines in the Brazilian Unified
National Health System and associated factors among patients that received prescriptions in the
public system. The study analyzed data from the National Health Research (2013). Through the
micro processing data in STATA 12 program, using the logistic regression method. The sample
consisted of individuals with prescription written in the National Health System in the two
weeks prior to the interview (n = 11.910). The dependent variable was the access to all the
prescribed medicines inside the system itself. Slightly fewer half of the sample with
prescriptions received the medicines in public health system; the proportions were higher in the
South of Brazil, among black patients, those with less schooling and lower income and those
registered in the Family Health Strategy. Differences access was very expressive when
compared in the regions of Brazil. As evidenced by the Fairlie technique. The results emphasize
the need for public policies to decrease inequalities in access to medicines and strengthen the
actions of pharmaceutical care in Brazil.(AU)